MANEIRAS DE SE CONSTITUIR PROFESSORA NA EJA NO MOVIMENTO COMPLEXO DE AUTOFORMAÇÃO: UMA EXPERIÊNCIA (DIS)DOCENTE.
RESUMO: Atuar na EJA traz a necessidade de reflexão sobre complexidade que envolve as opções que fazemos no espaço escolar em relação aos conteúdos, posturas e indagações, considerando a urgência e emergência da educação escolar na vida dos sujeitos que buscam “aprender a ler e escrever direito, ser alguém na vida, ter um emprego melhor, não depender de ninguém...”. Representa ainda, considerar os diferentes sujeitos nas suas maneiras de ser, de aprender e de fazer, assegurando que tenham visibilidade, vez e voz, de modo que seus múltiplos saberes sejam entendidos não só nas suas possibilidades, mas, também naquilo que aparentemente impõe limites. Este texto se propõe a contribuir para reflexão sobre o processo de formação do professor no Programa de Educação de Jovens e Adultos - PEJA – no segmento I, num contexto de classes populares. Falar da EJA neste contexto requer considerar os alunos e professores, portadores de saberes e culturas, as relações que estabelecem com a vida, com o outro, com o conhecimento e as ações que utilizam para compreenderem a si mesmo no cotidiano escolar e no mundo; requer dizer das políticas públicas, ora presentes, ausentes, aparentes ou ainda inexistentes para este segmento da educação. Ele se inscreve no esforço e desejo de compreender os diferentes sujeitos que fazem parte do PEJA em uma escola localizada numa área do Rio de Janeiro, conflituosa, complexa e portadora de possibilidades. Ao mesmo tempo, representa a ação política de refletir sobre como venho me constituindo professora neste cotidiano, compreendido por mim, como espaço e tempo de reflexão, de produção pedagógica, de relações e autoformação.
PALAVRAS-CHAVE: formação de professores, autonomia, emancipação, cotidiano escolar, EJA.