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Artigos de apoio aos professores EJA

Artigos de professores, pedagogos e outros profissionais ligados a eduação.
A andragogia: que contributos para a prática educativa? Sónia Mairos Nogueira.

 

RESUMO: A andragogia constitui um modelo de educação de adultos a ter em consideração na prática educativa. A aplicabilidade a contextos educativos diversificados e a flexibilidade que caracterizam este modelo permitem a sua utilização com populações de diversos níveis socioculturais, de idades diferentes e tendo como conteúdos referenciais as ciências naturais e humanas. A divergência essencial reside na relação entre o facilitador e os aprendentes, que se pretende dialogante e de igualdade. O facilitador de aprendizagem está sempre presente no processo de aprendizagem e possui elevadas responsabilidades de orientação e facilitação deste processo. O aprendente adulto é considerado como alguém responsável, activo, participante e internamente motivado para a realização de aprendizagens. A utilização da andragogia na sua globalidade pode apresentar algumas dificuldades àqueles que a desconhecem; ou talvez muitos educadores vejam as suas práticas educativas retratadas nesta breve descrição e as associem agora a um corpo teórico fundamentado. Independentemente da aceitação dos postulados fundamentais deste modelo, a utilização de algumas das suas referências, nomeadamente a importância atribuída à motivação interna, a responsabilização e a iniciativa dos aprendentes potenciam, seguramente, aprendizagens mais profundas e duradouras, assim como níveis superiores de satisfação perante as aprendizagens. 

 

PALAVRAS-CHAVE: Adulto. Andragogia. Aprendente. Contrato de aprendizagem. Facilitador de aprendizagem. 

MANEIRAS DE SE CONSTITUIR PROFESSORA NA EJA NO MOVIMENTO COMPLEXO DE AUTOFORMAÇÃO: UMA EXPERIÊNCIA (DIS)DOCENTE.​

​​RESUMO: Atuar na EJA traz a necessidade de reflexão sobre complexidade que envolve as opções que fazemos no espaço escolar em relação aos conteúdos, posturas e indagações, considerando a urgência e emergência da educação escolar na vida dos sujeitos que buscam “aprender a ler e escrever direito, ser alguém na vida, ter um emprego melhor, não depender de ninguém...”. Representa ainda, considerar os diferentes sujeitos nas suas maneiras de ser, de aprender e de fazer, assegurando que tenham visibilidade, vez e voz, de modo que seus múltiplos saberes sejam entendidos não só nas suas possibilidades, mas, também naquilo que aparentemente impõe limites. Este texto se propõe a contribuir para reflexão sobre o processo de formação do professor no Programa de Educação de Jovens e Adultos - PEJA – no segmento I, num contexto de classes populares. Falar da EJA neste contexto requer considerar os alunos e professores, portadores de saberes e culturas, as relações que estabelecem com a vida, com o outro, com o conhecimento e as ações que utilizam para compreenderem a si mesmo no cotidiano escolar e no mundo; requer dizer das políticas públicas, ora presentes, ausentes, aparentes ou ainda inexistentes para este segmento da educação. Ele se inscreve no esforço e desejo de compreender os diferentes sujeitos que fazem parte do PEJA em uma escola localizada numa área do Rio de Janeiro, conflituosa, complexa e portadora de possibilidades. Ao mesmo tempo, representa a ação política de refletir sobre como venho me constituindo professora neste cotidiano, compreendido por mim, como espaço e tempo de reflexão, de produção pedagógica, de relações e autoformação.

PALAVRAS-CHAVE: formação de professores, autonomia, emancipação, cotidiano escolar, EJA.

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